segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

QUEM SOU EU?

Nesta altura da vida já não sei mais quem sou...
Vejam só que dilema!!!
Na ficha da loja sou CLIENTE, no restaurante FREGUÊS, quando alugo uma casa INQUILINO, na condução PASSAGEIRO, nos correios REMETENTE, no supermercado CONSUMIDOR.
Para a Receita Federal CONTRIBUINTE, se vendo algo importado CONTRABANDISTA.
Se revendo algo, sou MUAMBEIRO, se o carnê tá com o prazo vencido INADIMPLENTE, se não pago imposto SONEGADOR.
Para votar ELEITOR, mas em comícios MASSA, em viagens TURISTA, na rua caminhando PEDESTRE, se sou atropelado ACIDENTADO, no hospital PACIENTE.
Nos jornais viro VÍTIMA, se compro um livro LEITOR, se ouço rádio OUVINTE.
Para o Ibope ESPECTADOR, para apresentador de televisão TELESPECTADOR, no campo de futebol TORCEDOR.
Se sou corintiano, SOFREDOR. Agora, já virei GALERA.
Se trabalho na ANATEL, sou COLABORADOR e quando morrer... uns dirão... FINADO, outros... DEFUNTO, para outros... EXTINTO , para o povão... PRESUNTO... Em certos círculos espiritualistas serei... DESENCARNADO, evangélicos dirão que fui... ARREBATADO...
E o pior de tudo é que para todo governante sou apenas um IMBECIL !!!
E pensar que um dia já fui mais EU.

Miles Davis - Kind Of Blue (1959)


Existe uma arte visual japonesa na qual o artista é forçado a ser espontâneo. Ele deve pintar em um fino pergaminho esticado, com um pincel especial e tinta d´água (preta), de uma maneira que uma pincelada não muito natural, interrompida bruscamente, destruirá o pergaminho. Correções ou mudanças são praticamente impossíveis...
Isso é Kind of Blue, um dos mais cultuados álbuns de jazz da história.

Gravado em apenas duas sessões de estúdio, nos dias 2 de Março e 22 de Abril de 1959, é um registro fiel de uma era. Tudo soa espontâneo, nenhuma regra a ser seguida, apenas o sentimento.
Nele, Miles Davis conseguiu reunir pelo menos quatro gigantes: Bill Evans com seu toque introspectivo no piano, os saxofonistas John Coltrane e Cannonball Adderley e o fantástico baixista Paul Chambers, que auxiliados pelo baterista Jimmy Cobb, um verdadeiro metrônomo e o pianista Wynton Kelly, que tocou apenas na faixa 2, fazem uma cama do mais alto luxo para Miles deitar e rolar.

A faixa de abertura, So What, é hipnotizante. O baixo apresenta o tema, que se resume em uma simples melodia calçada por apenas dois acordes.
A faixa dois, Freddie Freeloader, é um bom e velho blues tradicional com um solo fantástico de Wynton Kelly ao piano que nos leva a um lugar imaginário onde nunca estivemos.
Blue Green, faixa três, tem uma melodia densa e harmonia bastante complexa.
O clássico All Blues, já tocado de diversas formas mundo afora, encanta pela beleza dos improvisos. É Miles em sua plenitude, seguido muito de perto por Cannonball e John.
Flamenco Sketches fecha o disco com chave de ouro, um belíssimo tema com os músicos superando-se em solos de altíssimo nível.

Kind of Blue não foi só um disco, foi um projeto de vida, classificado como o "suco de laranja diário" de toda uma geração de músicos e jazzófilos de todo o mundo.

Não disponibilizaremos um link externo para baixar o arquivo devido a uma reivindicação do DMCA (Digital Millennium Copyright Act) ao Blospot. No entanto, uma pesquisa em sites de busca poderá te indicar outros sites para você conhecer o Miles Davis.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Corinthians lança uniforme sustentável desenvolvido a partir de garrafas PET

Na véspera de estrear pela Copa Libertadores, o Corinthians lançou seu uniforme para a temporada 2011. Na tarde desta terça-feira, o goleiro Júlio César, o volante Jucilei e o atacante Dentinho exibiram a nova camisa alvinegra, desenvolvida a partir de oito garrafas PET.

O clube de Parque São Jorge se torna o primeiro no mundo a contar com uma camisa oficial sustentável da Nike, segundo a multinacional norte-americana. O tecido é desenvolvido com 96% de poliéster reciclado e 4% de algodão orgânico.

Outra inovação é o design, que cria uma identidade comum aos uniformes dos cinco maiores times europeus patrocinados pela Nike – Barcelona, Inter de Milão, Juventus, Arsenal e Manchester United.

“É uma camisa muito bonita e espero que traga muita sorte ao nosso time. Já recebemos algumas informações do adversário de amanhã", observou Dentinho, citando o duelo desta quarta-feira com o Deportes Tolima, no Pacaembu, pela Pré-Libertadores. "É uma equipe que trabalha muito a bola, e será uma partida difícil”, completou o atacante, vestindo o uniforme número dois.

O modelo 2011 do uniforme corintiano chega às lojas na quinta-feira (27) em duas versões. A camisa idêntica à que será utilizada pelos jogadores custará R$ 239,90 enquanto a réplica sai por R$ 189,90.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Biblioteca Mário de Andrade reabre hoje com festa

Quando chegarem à sala de atualidades, onde acontecerá a reinauguração da Biblioteca Mário de Andrade na tarde de hoje, os convidados serão recebidos pelo semissorriso do poeta modernista que criou as bases da política pública de cultura da cidade de São Paulo.

O retrato do poeta Mário de Andrade (1893-1945) que está pregado na entrada da sala de chão brilhante e janelas com vista para a praça Dom José Gaspar tem sentidos que ultrapassam os da mera homenagem.

Andrade foi, ao lado do crítico literário Sérgio Milliet (1898-1966) e do poeta Paulo Duarte (1899-1984), um dos idealizadores do Departamento de Cultura de São Paulo, criado em 1935.

Foi essa instituição que, ao definir os livros como um dos eixos de sua atuação, transformou a biblioteca paulistana nesse raro bem que a cidade terá agora de volta.

Após anos de goteiras, cupins e descaso, o segundo maior abrigo de livros do país --só atrás da Biblioteca Nacional, no Rio-- renascerá com 3,3 milhões de itens.

O prédio, inaugurado em 1943, foi fechado para uma ampla reforma em 2007.

A biblioteca circulante, que passara anos "vivendo de favor" em outros endereços, havia sido reaberta em julho de 2010. Mas foi guardada para hoje a festa com pompa, autoridades e shows.


FICHÁRIOS

Na última sexta-feira, era grande o corre-corre para que nada ficasse fora do lugar. Havia de tudo no prédio: de andaimes e furadeiras a tesouras para recortar os papelinhos que ordenam os velhos fichários de A a Z.

Apesar de inadequado ao silêncio que se espera de uma biblioteca, o burburinho pré-festa não parecia perturbar os visitantes, que, desde julho, circulam por um dos espaços do vasto edifício.

A biblioteca circulante está aberta a quem deseja folhear periódicos ou pegar emprestado algum dos 42 mil títulos disponíveis.

Na última sexta-feira, na larga mesa de madeira renovada depois do restauro, "O Livro de Areia", de Jorge Luis Borges (1899-1986), descansava sozinho, enquanto, ao seu lado, um volume sobre neurociência cognitiva era devorado por um jovem.

Já o mezanino, com vista para a rua da Consolação, se mostrava um refúgio perfeito para quem, à espera da chuva que as nuvens anunciavam, buscava "um minuto de paz", como descreveu a leitora que folheava um atlas.


CLASSIFICADOS

A diretora da Mário de Andrade, Maria Christina Barbosa de Almeida, diz que a biblioteca circulante tem recebido, diariamente, cerca de 700 pessoas.

"Estamos conquistando, além dos leitores habituais, um público de pequenos comerciantes da região", diz.

Para atrair os novos frequentadores, a biblioteca oferece, por exemplo, títulos sobre marketing e administração de empresas. Outra estratégia é abrir as portas às 8h30. "Assim, quem entra às 9h no emprego tem tempo de dar uma passadinha por aqui antes", explica ela.

De acordo com Almeida, às segundas-feiras, quando o Centro Cultural São Paulo está fechado, o movimento é maior: "Vem muita gente ler o jornal do final de semana para procurar emprego".

Agora, será possível, após ler o jornal, cruzar a biblioteca circulante e pisar no mármore da entrada principal. Ali, a estátua "A Leitura", de Caetano Fraccaroli, impassível, reitera o sonho modernista de Mário de Andrade.

REINAUGURAÇÃO DA MÁRIO DE ANDRADE
QUANDO hoje, a partir das 11h, com shows na praça Dom José Gaspar; às 15h, cerimônia oficial
ONDE r. da Consolação, 94, tel. 0/ xx/11/ 3814-4832
QUANTO grátis
FUNCIONAMENTO de segunda a sexta, das 8h30 às 20h30; sábados, das 10h às 17h

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O Pisco se inspirando na Cachaça

Enquanto a cachaça brasileira já é a terceira do ranking das mais consumidas em todo o mundo, o Pisco peruano tenta trilhar o mesmo caminho, mesmo que a disputa com o vizinho Chile pela patente atrapalhe esse processo.

Para conhecer de perto a mais tradicional bebida do Peru, visitamos um dos maiores fabricantes e exportadores do Pisco no país, localizado em Tacna, em que a seleção brasileira sub-20 disputa a primeira fase do Sul-Americano sub-20. Diferentemente da cachaça brasileira, que é feita a partir da cana de açúcar, o produto peruano tem como base as uvas colhidas na região.

O Pisco possui quatro tipos básicos (Puro, Itália, Acholado e Mosto Verde), e a distinção acontece a partir do tipo da uva usada e o tempo em que a bebida é fermentada e destilada. Mesmo assim, o teor alcoolico deve obrigatoriamente ficar entre 38% e 46%, deixando aos fabricantes a opção de escolher qual o nível adequado para o seu produto dentro dessa margem.

Apesar de ser a bebida mais popular no Peru, o Pisco também é disputado pelo Chile. Essa rivalidade é tratada como uma verdadeira guerra pelos peruanos, que reivindicam a posse do termo “Pisco” por, segundo eles, a bebida ter surgido na cidade que leva esse nome e, obviamente, fica no Peru.

Já os chilenos, que também são grandes produtores e apreciadores, entendem que o termo Pisco não é um nome próprio do produto, mas sim a denominação comum desse tipo de bebida, como uísque e vinho, por exemplo. Por isso, poderiam explorá-lo sem nenhum problema.

Não existe consenso entre os vizinhos e, muito menos, entre os órgãos internacionais, que se dividem sobre a “paternidade” da bebida. Essa desunião, no entanto, se reflete na balança comercial dos dois países, já que, mesmo com entrada em importantes mercados, como Estados Unidos e Japão, as exportações em 2010 do produto movimentaram apenas US$ 1,9 milhão (R$ 3,1 milhões). A cachaça brasileira, por sua vez, gera cerca de dez vezes mais no exterior e, até por isso, é a grande inspiração para os peruanos.

“Nós já pensamos em ampliar as nossas vendas para diversos países, mas a cachaça acaba sendo um grande concorrente. Mesmo assim, tentamos tirar algumas lições dessa disputa para melhorarmos os nossos números no nível internacional”, explicou Abel Anculle, diretor de vendas da fábrica Don Bosco.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Tom Jobim - Em Minas ao Vivo - Piano e Voz (1981)



Foi durante as águas de março de 1981 que o público presente no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, assistiu pela primeira vez, em 20 anos, a um recital de Antonio Carlos Jobim na capital mineira. Ainda tocado pela perda do poetinha Vinicius de Moraes, que morrera há menos de um ano, Tom recriou de maneira particularmente emocionada algo essencial de seu cancioneiro e homenageou seus principais parceiros de vida e música.

Só com o piano, Tom cantou, tocou e conversou, soberano das artes seja em que palácio for, como se estivesse na sala de visitas de sua própria casa – ou na sala de qualquer um de nós. São 18 músicas, duas com Newton Mendonça, duas com Dolores Duran, duas com Aloysio de Oliveira, uma com Chico Buarque, sete com Vinicius, quatro só de Tom. Era o segundo e último dia de apresentação do maestro em Belo Horizonte, a convite de uma fundação local. O jornal Estado de Minas de 15 de março de 1981 publicava uma discreta foto de Jobim com a flauta e anunciava o concerto às 21h, “com os ingressos custando 600 cruzeiros”.

De saída, Tom demonstrou que a noite seria mesmo confessional: “Não sou muito de fazer show. Quem me levou pra este negócio foi o Vinicius, o Toquinho, A Miúcha”. E prosseguiu: “É fácil fazer show escorado em músicos, parceiros, orquestra grande. (Desta vez) preferimos fazer uma coisa mais íntima porque a gente não pode ser aquele menino tímido pra sempre, né?”, gracejou o maestro, no plural, como se falasse também pelo piano, antes de dedicar o show aos parceiros, “que muito me ajudaram”.

O primeiro parceiro citado foi Newton Mendonça, em Desafinado e Samba de uma Nota Só, dois dos maiores standards internacionais da obra de Jobim. Sobre a primeira, contou o maestro que a princípio “ninguém quis gravar, os editores não queriam editar e nem João Gilberto quis nada com ela”. E emendou com uma ouverture só conhecida pelos iniciados: “Quando eu vou cantar / você não deixa / e sempre vem a mesma queixa / diz que eu desafino / que não sei cantar / você tão bonita / mas tua beleza também pode se enganar / se você disser que eu desafino amor...” Segundo o escritor Ruy Castro, no livro Chega de Saudade, a introdução teria sido composta sem Newton, com letra de Ronaldo Bôscoli.

Em seguida, Jobim falou de “uma moça chamada Dolores Duran. Eu tava fazendo uma música com Vinicius. Fomos à rádio nacional e lá estava a Dolores. Toquei a música, ela tirou o lápis de sobrancelha da bolsinha, em cinco minutos escreveu a letra e botou assim: Vinicius, dois pontos. Outra letra é covardia”. Tom tocou Por Causa de Você, a obra prima tirada da caixa de maquiagem de Dolores Duran, e engatou outra parceria com Dolores, Estrada do Sol, a única de todo o concerto executada em versão instrumental.

O início da parceria com Vinicius de Moraes já foi esmiuçado por diversos pesquisadores. Mas nada como ouvir contada por Tom. “Ele era diplomata e veio de Paris com a idéia de fazer uma peça de teatro chamada Orfeu da Conceição. Chegou no Rio e procurou um músico para compor com ele as músicas da peça”, disse, como quem confidencia ao ouvido de cada espectador. Confirmou que o primeiro a ser procurado por Vinicius foi o veterano Vadico que, adoentado, recusou a oferta. Até que se deu o mitológico encontro no Bar Vilarino, no centro do Rio, numa noite de 1956.

“Lucio Rangel me apresentou ao Vinicius, que me levou ao grande mundo carioca, em casas com pianos de cauda e senhoras bem lavadas. Eu andava com uma pastinha cheia de arranjos, competindo com o aluguel. Perguntei: Escuta tem um dinheirinho nisso? Lucio ficou escandalizado: ô Tom Jobim, esse aí é o poeta Vinicius de Moraes. Eu digo, ah bom” recorda, sob a cumplicidade de risos radiantes. Tom mencionou “alguns sambas meio bobos jogados na lata do lixo, até que apareceu um samba bom”, e iniciou uma seqüência de tirar o fôlego: Se Todos Fossem Iguais a Você, Água de Beber, Eu não Existo sem Você, Modinha, Chega de Saudade.

Dindi e Eu Preciso de Você representam a parceria com Aloysio de Oliveira, que alguns anos antes produzira o disco Tom e Elis. Depois de Aloysio, Tom falou de um certo “parceiro meu de olhos azuis, que dizem que são verdes, depende da luz do dia. O rapaz é um gênio, é craque mesmo, tipo Pelé, Garrincha”, situa, antes de proporcionar ao público uma apresentação magistral de Retrato em Branco e Preto. No piano, o contraponto dos graves, com as teclas agudas solando a melodia, deram a medida dos dias tristes e noites claras propostas pela letra de Chico Buarque de Hollanda.

Conhecedor das pedras do caminho, Jobim anunciou, por fim: “um rapaz aqui um tanto dispersivo. Meu parceiro também, um tal de Tom Jobim”. A introdução de Corcovado fez Belo Horizonte vislumbrar o Redentor de alguma janela do Palácio das Artes. Os olhos de Lígia abrangem versos pouco conhecidos: “Você se aproxima de mim / com esses modos estranhos / eu digo que sim / mas seus olhos castanhos / me metem mais medo que um dia de sol”, antecipando o samba-choro Falando de Amor. No final, a enxurrada melódica e poética de Águas de Março e o bis de Garota de Ipanema. Antonio Carlos Jobim em Minas nos transforma em testemunhas auditivas e sensoriais de uma das mais felizes noites da história da música brasileira.

Tom Jobim - Em Minas ao Vivo - Piano e Voz (1981)

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Médicos versus planos de saúde - por Dráuzio Varella

Médicos que vivem da clínica particular são aves raríssimas. Mais de 97% prestam serviços aos planos de saúde e recebem de R$ 8 a R$ 32 por consulta; em média, R$ 20.

Os responsáveis pelos planos de saúde alegam que os avanços tecnológicos encarecem a assistência médica de tal forma que fica
impossível aumentar a remuneração sem repassar os custos para os usuários já sobrecarregados. Os sindicatos e os conselhos de medicina desconfiam seriamente de tal justificativa, uma vez que as empresas
não lhes permitem acesso às planilhas de custos.

Tempos atrás, a Fipe realizou um levantamento do custo de um consultório-padrão, alugado por R$ 750 num prédio cujo condomínio
custasse apenas R$ 150 e que pagasse os seguintes salários: R$ 650 à atendente, R$ 600 a uma auxiliar de enfermagem,R$ 275 à faxineira e R$ 224 ao contador.

Somados os encargos sociais (correspondentes a 65% dos salários), os benefícios, as contas de luz, água, gás e telefone, impostos e taxas da prefeitura, gastos com a conservação do imóvel, material de consumo, custos operacionais e aqueles necessários para a realização
da atividade profissional, esse consultório-padrão exigiria R$ 5.179,62 por mês para sua manutenção.

Voltemos às consultas, razão de existirem os consultórios médicos.
Em princípio, cada consulta pode gerar de zero a um ou mais retornos para trazer os resultados dos exames pedidos. Os técnicos calculam que 50% a 60% das consultas médicas geram retornos pelos quais os convênios e planos de saúde não desembolsam um centavo sequer.
Façamos a conta: a R$ 20 em média por consulta, para cobrir os R$ 5.179,62, é preciso atender 258 pessoas por mês. Como cerca de metade delas retorna com os resultados, serão necessários: 258 + 129 = 387 atendimentos mensais unicamente para cobrir as despesas obrigatórias.

Como o número médio de dias úteis é de 21,5 por mês, entre consultas e retornos deverão ser atendidas 18 pessoas por dia!
Se ele pretender ganhar R$ 5.000 por mês (dos quais serão descontados R$ 1.402 de impostos) para compensar os seis anos de curso universitário em tempo integral pago pela maioria que não tem acesso às universidades públicas, os quatro anos de residência e a
necessidade de atualização permanente, precisará atender 36 clientes todos os dias, de segunda a sexta-feira.. Ou seja, a média de 4,5 pacientes consultados por hora, num dia de oito horas ininterruptas.

Por isso, os usuários dos planos de saúde se queixam: "Os médicos não examinam mais a gente"; "O médico nem olhou a minha cara, ficou de cabeça baixa preenchendo o pedido de exames enquanto eu falava"; "Minha consulta durou cinco minutos".

É possível exercer a profissão com competência nessa velocidade?

Com a experiência de quem atende doentes há quase 40 anos, posso garantir-lhes que não é. O bom exercício da medicina exige, além do
exame físico cuidadoso, observação acurada, atenção à história da moléstia, à descrição dos sintomas, aos fatores de melhora e piora,
uma análise, ainda que sumária, das condições de vida e da personalidade do paciente. Levando em conta, ainda, que os seres
humanos costumam ser pouco objetivos ao relatar seus males, cabe ao profissional orientá-los a fazê-lo com mais precisão para não omitir detalhes fundamentais.

A probabilidade de cometer erros graves aumenta perigosamente quando avaliamos quadros clínicos complexos entre 10 e 15 minutos.

O que os empresários dos planos de saúde parecem não enxergar é que, embora consigam mão de obra barata - graças à proliferação de faculdades de medicina que privilegiou números em detrimento da qualidade -, acabam perdendo dinheiro ao pagar honorários tão
insignificantes: médicos que não dispõem de tempo a "perder" com as queixas e o exame físico dos pacientes, pedem exames desnecessários.

Tossiu? Raios X de tórax. O resultado veio normal? Tomografia computadorizada. É mais rápido do que considerar as características do quadro, dar explicações detalhadas e observar a evolução. E tem boa chance de deixar o doente com a impressão de que está sendo cuidado.

A economia no preço da consulta resulta em contas astronômicas pagas aos hospitais, onde vão parar os pacientes por falta de
diagnóstico precoce, aos laboratórios e serviços de radiologia, cujas redes se expandem a olhos vistos pelas cidades brasileiras.

Por essa razão, os concursos para residência de especialidades que realizam procedimentos e exames subsidiários estão cada vez mais concorridos, enquanto os de clínica e cirurgia são desprestigiados.
Aos médicos, que atendem a troco de tão pouco, só resta a alternativa de explicar à população que é tarefa impossível trabalhar nessas condições e pedir descredenciamento em massa dos planos que oferecem remuneração vil. É mais respeitoso com a medicina procurar outros meios de ganhar a vida do que universalizar o cinismo injustificável do "eles fingem que pagam, a gente finge que atende".

O usuário, ao contratar um plano de saúde, deve sempre perguntar quanto receberão por consulta os profissionais cujos nomes constam da lista de conveniados..

Longe de mim desmerecer qualquer tipo de
trabalho, mas eu teria medo de ser atendido por um médico que vai receber bem menos do que um encanador cobra para desentupir o banheiro
da minha casa. Sinceramente.

OMEDI
trabalho médico com dignidade

domingo, 16 de janeiro de 2011

My Morning Run

Quando a paixão acaba!


O marido deita com muito cuidado na cama e sussurra suave e apaixonadamente no ouvido de sua mulher:

"Estou sem cueca....."

E a mulher lhe responde:

"Amanhã eu lavo uma..."

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Protesto contra aumento das passagens de ônibus e a repressão da Polícia Militar de SP



PM reprime ato contra aumento das tarifas de ônibus em SP

COMUNICADO DO SINTUSP FRENTE À BRUTAL REPRESSÃO AO ATO CONTRA O AUMENTO DAS PASSAGENS EM SP

A Policia Militar desferiu na tarde de hoje, 13 de janeiro de 2011, uma truculenta repressão contra cerca de mil pessoas, que se manifestavam em ato contra o inadmissível aumento da passagem de ônibus, anunciada pelo prefeito Gilberto Kassab, do DEM, para R$ 3,00.

O ato, convocado pelo MPL – Movimento Pelo Passa Livre – saiu do Teatro Municipal e, quando estava na Av. Ipiranga, a repressão começou. Os estudantes, trabalhadores, integrantes dos movimentos sociais, e a população, que aderiu ao ato espontaneamente pela justeza de sua demanda, foram repentinamente e violentamente reprimidos com balas de borrachas e bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo. Não contentes com esta truculência, os policiais saíram em rondas, perseguindo as pessoas, e dando continuidade às agressões. O saldo são 30 pessoas presas no 3º Distrito Policial, e cerca de 10 estudantes feridos.

Não bastasse isso, os policiais saíram em rondas, seguindo com as agressões e prendendo dezenas de manifestantes, que nesse momento estão no 3º Distrito Policial.Enquanto a desgraça das famílias atingidas pelas enchentes se repete mais uma vez, a polícia do governador Geraldo Alckmin reprime os estudantes que se colocam ao lado do povo pobre desse país, que é quem sofre com as enchentes, com os aumentos do transportes e o caos da saúde.

O prefeito de SP Kassab e seu aliado Alckmin demonstram que quando se trata de agir contra a tragédia das enchentes que lançam as famílias na miséria, a ação não existe. Porém, quando se trata de agir contra os trabalhadores, estudantes e jovens que se mobilizam pelos seus direitos a resposta é rápida. E vem sob a forma de bombas , cacetetes e balas de borracha.

Neste momento, cerca de 100 estudantes e representantes do MPL, Sintusp, Conlutas, LER-QI, PSTU, DCE da UNESP, Diretório Acadêmico da Fundação Santo André, outras organizações democráticas, sindicaise da esquerda encontram-se diante da delegacia onde estão os presos. Chamamos todos os setores democráticos da sociedade, os sindicatos e as organizações populares e de esquerda e repudiar essa agressão criminosa do governo estadual, exigindo a imediata libertação dos estudantes presos e dando continuidade à luta contra o aumento da passagem de ônibus.

O 3º Distrito Policial fica na Rua Aurora com a Av. Rio Branco.

SINTUSP – Sindicato de Trabalhadores da USP

Fonte: Blog do Azenha

Você ainda xinga quando um carro passa na poça e te molha?

Barriga de cerveja é mito

Cientistas comprovam que consumo moderado da bebida não provoca aumento de peso

O consumo moderado de cerveja, tanto a tradicional como a sem álcool, não provoca um aumento de peso, nem sequer de modificações na composição corporal, segundo o estudo «Associação entre o consumo moderado de cerveja tradicional e sem álcool e a composição corporal», do Instituto Frío-ICTAN do Conselho Superior de Investigações Científicas, em Madrid.

Segundo Ana Veses Alcobendas, a autora do estudo, “tendo em conta o mito que o consumo de cerveja produz distensão abdominal, as conclusões do estudo indicam que o consumo moderado desta bebida fermentada de baixa graduação alcoólica não provoca aumento de peso, nem modificações na composição corporal”.
Um grupo de voluntários foi seguido durante dez semanas. Todos mantiveram os seus hábitos de vida e alimentação habituais. A única alteração foi referente ao consumo de bebidas habituais, em que todos consumiram cerveja tradicional ou sem álcool nos períodos determinados para o estudo.

Durante a primeira semana, todos os indivíduos tiveram de abster-se de qualquer consumo de bebidas alcoólicas. Nas quatro semanas seguintes e de forma aleatória, dependendo do grupo designado, os voluntários incluíram na sua dieta habitual cerveja tradicional ou sem álcool, na quantidade correspondente a um consumo moderado de álcool, ou seja, 20 a 24 gramas por dia para os homens (o equivalente a duas latas de 330 ml) e 10 a 12 gramas para as mulheres (uma lata por dia).

Pesos e medidas

Entre outros parâmetros, o estudo analisou a ausência de variação de peso, o índice de massa gorda e de massa corporal. Também se realizaram análises dietéticas, de atividade física e medições das circunferências corporais.

A conclusão foi clara: O consumo moderado de cerveja não modifica a circunferência do braço, ancas nem da cintura.

Segundo o Centro de Informação Cerveja e Saúde espanhol, esta investigação confirma outra realizada por Ascensión Marcos em 2002, que também comprovou que o consumo de cerveja não modifica os hábitos alimentares dos voluntários que se submeteram ao estudo.

Outros estudos, outros fatores

Outros estudos já tinham garantido que o consumo desta bebida não se traduz num aumento da circunferência da cintura e deste modo, a investigação «A cerveja e a obesidade: um estudo transversal» publicada no European Journal of Clinical Nutricion, assinala que é improvável que a ingestão habitual de cerveja esteja relacionada com um aumento significativo do índice de massa corporal.

No entanto, estas investigações apontam outros fatores como o estilo de vida sedentário, os hábitos alimentares incorretos e a genética, como a variante DD do gene na enzima conversora de angiotensina, como favorecedores da obesidade abdominal.

Bebida 100% natural

Na apresentação o estudo, em Cádis, o presidente da Sociedade Espanhola de Dietética e Ciências da Alimentação, Jesús Román, susteve que já se demonstrou que o consumo moderado de cerveja (3 copos para os homens e dois para as mulheres) pode ter efeitos positivos para o organismo, “sempre que se trate de indivíduos adultos e saudáveis”, já que a bebida é elaborada com ingredientes naturais (água, cevada e lúpulo), além de ser uma das poucas bebidas que contém vitaminas e minerais de forma natural.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Resultado da Promoção de 2 anos do Blog

Olá caros leitores.
Chegamos ao dia do sorteio do excelente show/documentário do The Rolling Stones - Shine a Light.
Tivemos cerca de 300 pessoas inscritas.
Ficamos muito felizes por atingir este número e agradecemos a todos que participaram, especialmente pelas ótimas sugestões de álbuns musicais que nos ofereceram.

A ganhadora do sorteio foi a leitora Mônica Rudner.
Ela indicou We Sold our Soul for Rock´n´Roll do Black Sabbath como um dos álbuns musicais que ela mais gosta.

Obrigado a todos.
Desejamos que vocês sempre voltem ao Blog e nos sugiram novos temas, assuntos e álbuns musicais.
A casa é de vocês.
Grande abraço.

Equipe Back Co.

Hormônio pode explicar por que mulheres choram com mais facilidade

Muitas pesquisas históricas têm atribuído a diferença dos hábitos de choro do homem e da mulher a pressões sociais. Mas um eminente pesquisador sobre as lágrimas, William H. Frey II, que teorizou, há três décadas, que chorar tinha uma função excretória de alívio do estresse, acredita também numa diferença hormonal.

Frey, bioquímico e farmacologista que hoje é diretor do Centro de Pesquisa de Alzheimer no Regions Hospital, em St. Paul, Minnesota, diz que homens e mulheres possuem mais de determinados químicos nas lágrimas que têm origem em emoções, ao contrário do que ocorre com as lágrimas que caem em resposta a estímulos físicos, como cortar cebola. Entre essas substâncias estão os hormônios prolactina (associado à produção de leite) e adrenocorticotrópico, e o neurotransmissor leucina encefalina – todos liberados quando o corpo está sob estresse

Autor de "Crying: The Mystery of Tears" (algo como "Choro: O mistério das lágrimas", de 1985), Frey especula que, como as lágrimas das mulheres mostram níveis significativamente mais altos de prolactina entre os 15 e os 30 anos de idade, a diferença pode estar associada a lágrimas frequentes, para excretar o estresse. Também se sugere que a própria prolactina estimule as lágrimas em ambos os sexos.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Cueca com enchimento "realístico" deixa os homens mais "avantajados"


Se mulheres podem usar sutiã com bojo, os homens também têm o direito de usar enchimento na cueca, certo? Esse pode ser o raciocínio que levou o designer Andrew Christian a criar a linha de cuecas “Shock Jock”, para os homens se sentirem, digamos, mais confiantes.

A linha possui modelos com volumes variados, que vão do Thong, para quem quer se sentir realmente avantajado até o "Flirt, que simplesmente molda o formato de um pênis.

domingo, 2 de janeiro de 2011

O Verdadeiro Ciclo da Vida!

Texto de Charles Chaplin

"A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina.
Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente.
Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.
Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo.
Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar.
Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria.
Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.
Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando.
E termina tudo com um ótimo orgasmo!
Não seria perfeito?"

Stevie Ray Vaughan - Texas Flood (1983)

O álbum de estréia do extraordinário Stevie Ray Vaughan & Double Trouble foi lançado em 1983. Aclamado pela crítica, Texas Flood (Produzido por John Hammond) lançou o sucesso top 20 "Pride and Joy" e vendeu bem tanto nos círculos de blues como de rock.
Ainda hoje, é difícil mensurarmos o impacto que este álbum causou não somente na cena do Blues, mas também sobre uma geração inteira de garotos que, com este disco, puderam enxergar um outro mundo além do rock and roll e descobrir um verdadeiro artista que já em seu primeiro álbum mostrava, como uma espécie de tributo a seus mestres, uma fusão de todas suas influências, de artistas como Albert King, Buddy Guy, Lonnie Mack, Hubert Sumlin, Otis Rush, Albert Collins e principalmente Jimi Hendrix.