segunda-feira, 1 de junho de 2009

Como diria Milton Leite - QUE BELEZA!!!

Mulheres reunidas, música e dançarinos com trajes sensuais. Os ingredientes são explosivos! E sabe onde foi esta festinha animada? Dentro da Câmara de Vereadores de uma cidade do Pará.

Era um domingo, dia 19 de abril. O plenário da casa legislativa foi emprestado para um congresso de cabeleireiros. As bandeiras do estado do Pará, do Brasil e do município estão estendidas quando começa a brincadeira.
Algumas mulheres são convidadas a participar. Com os olhos vendados e um gole de uma bebida misteriosa. O clima esquenta!
A mulher que apresentou o evento foi identificada apenas como Lília. Localizamos ela por telefone no interior de Tocantins.
Lília tenta explicar: “Aquilo era brincadeira, aquilo dentro de lá era suco de pêssego, era brincadeira. Isso em evento de beleza sempre tem. Agora, a infelicidade, foi de nós... Eu nem sabia que na Câmara não podia ficar sem camisa”.
E confirmou que o evento era para promover cosméticos.
“A gente está para vender. A gente faz o evento para vender pros cabeleireiros”.
O pedido para usar o plenário foi feito por uma cabeleireira da cidade, Anália Xavier de Godoy, dona de um salão. Anália não quis gravar entrevista.
“Eu não vou expô-la de jeito nenhum. Ela não quer se expor, não vou forçar”, diz Jefferson Carneiro, marido de Anália.
O documento foi assinado pelo secretário executivo da Câmara de Vereadores de Redenção com autorização do presidente Alexandre Junior Rodrigues, vereador pelo PP. Ele não estava na cidade no dia da nossa gravação.
Segundo o presidente em exercício, João Lúcio, do PPS, uma sindicância foi aberta para apurar o caso (agora estamos tranquilo, tudo se resolverá!!!).
“Nós vamos entrar com um pedido judicial para que ela esclareça, porque quando ela solicitou não estava prevista essa apresentação de excessos que prejudicaram a imagem da instituição”, disse João Lúcio.
“O que aconteceu na Câmara Municipal de Redenção é proibido pela Constituição Federal. A Constituição não permite que se use bem público que não seja para finalidade de bem público. Então o que aconteceu na Câmara de Redenção, além de imoral, é passível de punição”, explica Ângela Sales, presidente da OAB-PA.
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Só há uma coisa a dizer sobre isso: QUE BELEZA!!!
(um abraço ao Milton Leite por criar essa frase que consegue resumir muitas coisas que são difícieis de expressar em palavras!!!).

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