sexta-feira, 24 de julho de 2009

Queda na venda de café faz Starbucks se render a vinho e cerveja

A marca Starbucks é sinônimo de café para muitos americanos, mas a cadeia de cafeterias quer ser também o centro da vida noturna e planeja abrir lojas onde será possível tomar bebidas alcoólicas e ouvir música ao vivo.
A Starbucks inaugurará amanhã uma nova loja em Seattle, cidade onde nasceu a marca, que venderá pela primeira vez vinho e cerveja junto aos já tradicionais cafés.
O local se chamará 15th Avenue, em referência a uma rua próxima, embora com o subtítulo de "inspirado por Starbucks", em letras pequenas.
O estabelecimento permanecerá aberto até a noite e também oferecerá espetáculos de música ao vivo e leitura de poesia.
A ideia é criar um ambiente de "bar de bairro", um tipo de local em que, como ironizam alguns, os EUA eram ricos antes de a Starbucks encher de cafeterias o centro das principais cidades.
"Vamos estar tão orgulhosos de nosso vinho e nossa cerveja como estamos de nosso café", disse à imprensa americana Major Cohen, gerente de produto da Starbucks.
A primeira loja será para a companhia um projeto piloto, que terá unidades iguais em outras cidades e países caso tenha sucesso.
Com sua entrada no mercado do álcool e da cerveja, a Starbucks dá um importante passo para diversificar seu negócio, afetado pela crise e a entrada de novos concorrentes, como o McDonald's, que agora também vende café de qualidade.
A cadeia foi uma das empresas do setor mais afetadas pela crise. Com preços relativamente altos em suas lojas, muitos clientes deixaram de frequentar a Starbucks para tomar café em casa.
A companhia foi vítima também de uma expansão excessiva. Conta com 16 mil estabelecimentos no mundo todo, 11 mil deles apenas nos EUA.
A Starbucks, fundada em 1971, divulgou que seu faturamento no trimestre, que fechou em 28 de junho, caiu 6,6% em relação a 2008, para US$ 2,403 bilhões.

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