quarta-feira, 9 de março de 2011

Mulheres de antenas; dez exemplos das experimentações femininas na música pop de hoje!


Foi-se o tempo em que o rock e pop eram um reduto machista; apesar de sempre protagonistas dos conteúdos das canções, as mulheres deixaram cada vez mais este lado para passar para o outro; dos inocentes “girls groups” dos anos 60, a encrenqueiras pioneiras como Dusty Springfield ou Janis Joplin ou as arquetípicas Billie Holiday e Nina Simone, elas conquistaram o espaço, muitas vezes e literalmente no grito, mas todo esse levante se consolidou a partir dos anos 90 e não parou mais; hoje é impossível conceber uma banda sem uma porção feminina, seja na instrumentação, no vocal ou na liderança.

Atualmente, parecem até muito mais antenadas que o sexo oposto, investindo nas mais diversas experimentações sonoras e estão longe de precisar de um só dia para comemorar; na música pop, todo dia é dia da mulher!

Do jazz ao pop experimental, confira dez lançamentos, onde a presença feminina se destaca:

Ham Sandwich é uma banda irlandesa da cidade de Kells, formada por Niamh Farrell nos vocais, Podge McNamee vocal e guitarra, Darcy guitarra e piano e Ollie Murphy na bateria; na ativa desde 2003, o Ham lançou seu disco de estreia, Carry the Meek, em 2008. Agora, divulga o badalado novo single, The Naturist, do segundo disco da banda: “White Fox”

Parenthetical Girls: fazendo um inusitado pop experimental, esta banda foi formada na cidade americana de Everett, Washington, no meio dos anos 2000; agora, baseada em Portland, fascina seus fãs ao unir influências dispares como Brian Eno (no começo de carreira), T. Rex, Dirty Projectors, Philip Glass, Xiu Xiu, e Phil Spector.

Julia Kent: atualmente em Nova Iorque, mas nascida no Canadá, esta cellista ficou famosa junto ao grupo “Rasputina”, que fazia um rock só com violoncelos, e depois, como integrante do “Antony and the Johnsons”. Em 2007, lançou seu primeiro disco solo, Delay. Agora, está de volta com o belo e original “Green and Grey”.

Earth Gir Helen Brown nascida em Vancouver, Canadá, cresceu na musical cidade americana de Athens, Georgia, e fez de sua tragédia pessoal (perder uma vista depois de um acidente na infância) uma busca pelo sentido musical da vida, tonando-se uma cantora nômade que une o folk e a psicodelia; sua primeira banda chamou, sintomaticamente, “One Eyed Tramps”. Afirma ter passado um longo tempo no Alaska com um xamã, e seus shows eram cheios de surpresas, como desmaios no meio do palco. Apesar disto tudo e de tantos factoides, sua música se mostra surpreendente e interessante, unindo country e folk alternativo, com sons dos anos 60, como “girls group” e R&B. Seu mais novo disco é o EP “Earth Girl Helen Brown - Story of an Earth Girl”.

The Lovely Eggs: uma dupla formada em Lancaster, Inglaterra, pelo casal Holly Ross e David Blackwell; Ross foi criadora, vocalista e guitarrista da banda feminina “Angelica Blackwell”; foi guitarrista da banda “3D Tanx”, que ganhou notoriedade no circuito “Cult”. O disco de estreia do duo foi “If You Were Fruit”, em 2009 e agora, vem o segundo: “Cob Dominos”.

Erin Ivey & The Finest Kind: morando em Austin, ela faz um jazz com acento pop e toques de country e folk, fugindo dos trejeitos da maioria das cantoras de jazz contemporâneo, que acabam exagerando nas firulas. Seu som é direto e objetivo e a sua banda de apoio, The Finest Kind, formada por Rolf Ordahl no Hammond B3, Ross Alexander no baixo e JJ Johnson na bateria, faz um show a parte; vale a pena conhecer seu novo disco: Broken Gold.

Adalita é um nome bem conhecido para quem curte o som indie australiano, pois ela foi um dos atrativos do grupo seminal “Magic Dirt”. Mas na sua estreia solo, ela mostra a amplitude de seus talentos como compositora, fazendo da introspecção uma forte aliada; de forma minimalista e crua, as dez canções de seu disco de estréia envolvem e fascinam.

Emilie Clepper, da novíssima geração folk, une suas influencias texanas e canadenses e se transforma em uma das maiores promessas do gênero; lança agora seu segundo trabalho, What You See, com a colaboração do multi instrumentista Joe Grass.

The Jane Austen Argument: também vindos da Austrália, mais precisamente de Melbourne, este duo, formado por Jennifer Kingwell e Tom Dickins faz um chamado “cabaret noir”, combinado baladas com um humor cínico; coisa fina! O registro de estreia é o EP “The Birthing Pyre”.

Sarah Lee Guthrie & Johnny Irion: Sarah Lee representa a terceira geração de músicos da nobre família Guthrie. Ela é filha caçula do renomado de cantor folk music, Arlo Guthrie, e neta do lendário Woody Guthrie. Sua estreia em disco foi em 2002. Em 1997, conheceu seu futuro marido Johnny Irion. Guthrie e Irion se casaram em 1999 e começaram a se apresentar juntos como Sarah Lee Guthrie & Johnny Irion.

Fonte: blog do Maia (http://blogdomaia.blog.uol.com.br/)

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